Setembro Amarelo: um chamado urgente pela vida.
- Isabor Braz

- 10 de set.
- 2 min de leitura
Setembro Amarelo chegou e com ele, a urgente necessidade de falar sobre suicídio de forma aberta e humana.
Em 2021, 15.507 vidas foram perdidas no Brasil, sendo 77,8% homens. Globalmente, mais de 720 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano — uma vida perdida a cada 40 segundos. Entre os jovens brasileiros de 15 a 19 anos, o suicídio já é a 3ª causa de morte.
No Rio Grande do Sul, o índice gira entre 7 e 8 mortes por 100 mil habitantes, um dos mais elevados do país. E esses números não são apenas estatísticas: eles representam histórias interrompidas, famílias impactadas e sonhos que deixaram de existir.
É por isso que precisamos falar, ouvir e agir.
Falar sobre saúde mental é um gesto de coragem e também de amor. Neste Setembro Amarelo, a Isa Atualiza traz a visão da médica Mônica Nunes, 28 anos, gaúcha de Alegrete e atualmente morando em Florianópolis, que dedica sua vida a cuidar de pessoas com empatia e humanidade.
A importância do diálogo aberto
Para Mônica, falar sobre saúde mental deve ser tão natural quanto falar de pressão alta ou diabetes.
“Quando falamos com simplicidade, aproximamos a medicina das pessoas e isso faz com que cada um perceba que não está isolado em suas dores.”
Sinais de alerta e como agir
Mudanças de humor, afastamento, falas de desesperança ou perda de interesse são sinais de alerta que merecem atenção.
“Nessas horas, a escuta ativa faz toda a diferença. O que não podemos fazer é ignorar. Estender a mão pode salvar uma vida.”
Frases como “Estou contigo”, “Tu não está sozinho” ou “Vamos procurar ajuda juntos” podem ser simples, mas são poderosas.
Autocuidado e hábitos protetores
Para manter o equilíbrio, Mônica valoriza atitudes como sono de qualidade, atividade física, hobbies, boa alimentação e contato com pessoas queridas.
“Equilibrar saúde mental não significa ausência de problemas, mas construir ferramentas para lidar com eles.”
Mitos que precisamos quebrar
Mônica reforça verdades que salvam:
Falar sobre suicídio previne, não incentiva.
Quem fala sobre isso pode estar pedindo ajuda.
Pensar em suicídio não é fraqueza, mas dor intensa que precisa de cuidado.
O suicídio, na maioria das vezes, dá sinais prévios.
“A grande verdade é: o suicídio pode ser prevenido. Apoio, tratamento e diálogo são ferramentas reais de proteção.”
Uma mensagem de esperança
Para Mônica, cada gesto importa:
“A vida vale ser vivida, mesmo nos dias difíceis. Pedir ajuda é um ato de coragem e oferecer ajuda é um gesto grandioso de amor e gentileza. Que este Setembro Amarelo nos inspire a falar mais, julgar menos e acolher sempre.”
Ela ainda compartilha sua playlist no Spotify, que a ajuda em momentos de ansiedade e estudo, e que pode acolher outros corações:




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